A FENAMP e a ANSEMP repudiam veementemente as declarações proferidas pelo juiz secretário-geral do TJ/RO, Rinaldo Forti Silva, durante a cerimônia de posse de novos servidores. Sua afirmação de que os recém-chegados representam um “peso” para a instituição, em termos de gastos, é não apenas ultrajante, mas revela uma mentalidade ultrapassada e desrespeitosa em relação aos qualificados profissionais que compõem o quadro de servidores do Tribunal.

É inadmissível que um representante da Justiça faça uma declaração tão depreciativa e desvalorizante sobre aqueles que trabalham arduamente para levar Justiça à população. Os servidores não são “pesos”, são pilares fundamentais do funcionamento do Sistema Judiciário, cujo trabalho árduo e dedicado merece ser reconhecido e valorizado.

Além disso, é injusto que o juiz Rinaldo Forti Silva critique os gastos relacionados aos servidores, enquanto a magistratura acumula privilégios e benefícios que custam bilhões ao Sistema de Justiça todos os anos. Enquanto os servidores são submetidos a regimes de assédio moral e falta de valorização, os magistrados desfrutam de penduricalhos e vantagens que fogem à realidade da maioria dos cidadãos.

Nos últimos meses, temos testemunhado a magistratura concedendo a si mesma uma série de benefícios questionáveis, como a indenização por “atividades administrativas ou processuais extraordinárias”, a chamada “licença compensatória”, que representa cifras exorbitantes. Além disso, a gratificação por acúmulo de jurisdição e os quinquênios, que podem se tornar uma garantia constitucional para a magistratura, são exemplos de uma cultura de privilégios que precisa ser urgentemente revista.

Exigimos uma retratação por parte do juiz Rinaldo Forti Silva e um compromisso real com a valorização e o respeito aos servidores do Tribunal. É hora de abandonar discursos que alimentam o assédio moral e promover uma cultura de reconhecimento e Justiça dentro da instituição.

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