Por Vanduir Abadio Barbosa*
Todo servidor almeja melhor remuneração e condições de trabalho, bem como reconhecimento do seu potencial profissional dentro do seu órgão.
Todavia, os benefícios mencionados raramente (muito raro mesmo!) são concedidos espontaneamente pelo empregador, razão pela qual exige PROVOCAÇÃO, sob pena da vida funcional do empregado ficar inerte e seus valores remuneratórios mitigados cada vez mais no decorrer do tempo, além de sempre estar à mercê do descaso da administração que poderá impor livremente ambientes insalubres de trabalho, considerando que não haverá ninguém para reclamar.
Diante disso, nasceu a necessidade dos trabalhadores reunirem-se e elegerem representantes para serem a sua voz, daí surgem os sindicato, sendo certo que um grupo maior ecoa um som maior e portanto a maior possibilidade de conquistas. Mas, o contrário também acontece, ou seja, um número pequeno de sindicalizados coleciona derrotas ou a obtenção de desejos pífios, não tendo que se falar em representação fraca, pois ela só é o reflexo de uma base fraca.
Assim, essa organização, chamada sindicato, é a responsável por receber as demandas dos trabalhadores e repassá-las com argumentos factíveis e técnicos para a administração. Sendo importante ressaltar que a instituição sindical será a cara do servidor, significando que ele não é identificado no pleito, a fim de evitar represarias, o que chamamos de blindagem. E, por vezes, busca direitos coletivos por meio do judiciário.
Além das pautas trabalhistas, o sindicato fornece serviços importantes, como acessória jurídica individual e uma boa economia com os descontos concedidos nos convênios firmados com empresas de bens e serviços.
São muitas vantagens! Ocorre que a estrutura mencionada não existe por si só, ela depende das filiações, a fim de manter sua estrutura física e, principalmente, dar legitimidade e força para as negociações, para isso é essencial a sindicalização em massa, dessa forma, seria como se figurativamente todos os integrantes do órgão entrassem na sala de negociação , por meio dos seus representantes, já imaginou a força!?
Portanto, qualquer negativa para ser sindicalizado é contraditória ao desejo de obter benefícios ou, pior ainda, acreditar que pelo fato de algumas conquistas sindicais alcançarem a todos (como aumento salarial e melhores regulamentos das condições de trabalho) não é necessária a sua filiação. Atendem-se que esse último raciocínio contentassem com muito pouco, pois imagine como teríamos mais direitos concedidos, se todos (ou a maioria) fossem protagonistas e não mero expectador?
PARA QUE ESSA REALIDADE ACONTEÇA BASTA FILIAR-SE!
Ainda, é fato que muitos colegas sindicalizados, cientes da importância do seu quantitativo nas tratativas com os gestores, sentem-se profundamente injustiçados pelo fato de trabalhadores que não colaboram com o sindicato tenham benefícios equivalentes, haja vista que a sindicalização é acessível para todos os trabalhadores do local.
Por certo, a maior parte dos motivos relatados para não filiação reside em uma suposta economia financeira por não arcar com a taxa sindical, circunstância ilusória porque troca a isenção de pagar um pequeno valor ( votado em assembleia e destinada a manutenção de uma estrutura que é de todos os filiados) pelo aumento de salário com valores maiores, possível com a colocação na mesa de negociação de que todos ( ou quase a totalidade) dos servidores são sindicalizados. Portanto, caso não seja sindicalizado entre contato com o seu sindicato e peça sua filiação, como você viu ela é essencial para sua vida trabalhista, e para o colega que já é filiado temos a dizer “PARABÉNS”, você faz a diferença!
*Vanduir Abadio Barbosa é Coordenador Executivo da FENAMP e primeiro tesoureiro do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado do Mato Grosso do Sul – SINSEMP-MS. Bacharel em Educação Fisica. É servidor concursado do MPMS, ocupando o cargo de Auxiliar, desde 1997.
Ótimas colocações, muito pertinentes.