A FENAMP e a ANSEMP estão acompanhando de perto a polêmica envolvendo o Ministério Público de São Paulo (MPSP) sobre a concessão de novos penduricalhos a promotores e procuradores de Justiça, conforme denunciado em reportagem da Folha de S.Paulo. Os valores variam entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão por membro e o impacto total deve ultrapassar R$ 1 bilhão.
Essa temática já vinha sendo debatida pelas entidades nacionais. A situação ganhou ainda mais atenção após a campanha promovida pelo Sindicato dos Servidores do Ministério Público de São Paulo (Sindsemp-SP), no final do ano passado, para denunciar esses abusos.
De acordo com a presidenta do Sindsemp-SP, Ticiane Natale, a categoria recebeu com extrema revolta a decisão da instituição. “Os servidores do MPSP, que enfrentam uma defasagem salarial de quase 30%, veem com indignação mais um privilégio para os membros, enquanto a base segue sobrecarregada e sem reajustes adequados”.
O sindicato local convocou uma reunião para esta sexta-feira (07) a fim de discutir estratégias de mobilização com os servidores. Em nota, a entidade reforçou: “No extremo oposto, estão os servidores da Instituição, os ‘peões’, que batem ponto diariamente e têm prazos, metas e horários rigidamente controlados para que os promotores e procuradores de Justiça fiquem com o auxílio-acervo e quetais”.
Após a publicação da Folha, outros veículos de comunicação já repercutiram o escândalo, ampliando o debate sobre os benefícios pagos a membros do Ministério Público e a precarização da situação dos servidores.
A FENAMP e a ANSEMP continuarão acompanhando o caso para cobrar medidas que garantam equidade e justiça no tratamento dispensado aos trabalhadores da instituição.
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